No último dia 29 de novembro, foi realizado em Cuiabá (MT) o lançamento do Bovitech Salga, um aplicativo de fácil utilização, que pode ser adquirido de forma independente do sistema de gestão Bovitech, e que permite ao produtor ou operador realizarem um controle real da suplementação a pasto dos animais, tudo via celular.
“A gestão do processo de suplementação a pasto é importante, visto que o suplemento pode representar até 50% do custo da arroba produzida a pasto. Quando a salga é mal executada, o produtor perde desempenho dos animais, impactando negativamente o ganho médio diário (GMD), por exemplo”, explica Gabriel Toledo, diretor de operações da Bovitech. “Se não gerenciar a operação de salga, o produtor corre um grande risco de perder dinheiro ou de não ter o retorno esperado do seu investimento”, diz o executivo.
A operação é baseada em cinco indicadores: tipo de suplementação utilizada, peso do gado no pasto, número de animais, leitura de cocho e a frequência do abastecimento do cocho e a frequência da salga. Com os dados, o aplicativo agrega informações importantes para o gestor da fazenda, como o consumo médio diário de suplementação por fase ou categoria dos animais, ou por tipo de produto ou pasto, permitindo a gestão do estoque dos produtos e do número de animais por fase ou categoria e indicando cochos com salga atrasada. O funcionário no campo, por sua vez, sabe quais pastos precisa salgar, qual dia deve ser feita a salga e quantos sacos colocar no cocho, além de realizar a leitura de cocho com o registro da salga feita e visualizar o número de animais por pasto.
Participações no evento
Realizado em formato híbrido e atendendo todos os protocolos sanitários de prevenção à covid-19, o evento contou com a participação do empreendedor do setor de alimentos e membro do Conselho de Administração da Rúmina, Vilson Simon, diretamente dos Estados Unidos, que fez uma palestra sobre “O futuro da pecuária de corte no mundo”. Segundo ele, em um cenário de tantas incertezas, como o mundo enfrenta atualmente, é muito difícil fazer alguma projeção, embora algumas coisas possam ser previstas.
“O caminho é olhar as tendências. Temos muita gente para alimentar, vamos sair de 7,9 bilhões hoje para mais de 9 bilhões até 2050. Como fazer isso de forma sustentável?”, questiona. “O consumidor hoje é consciente, existe um movimento para uma alimentação mais natural e isso vai continuar determinando as tendências de mercado e consumo. A solução é a adoção massiva de tecnologia, permitindo uma eficiência produtiva, fazer mais com menos”, explica.
Outro convidado para o lançamento foi o CEO da Beefpoint e Agrotalento, Miguel Cavalcanti, que fez uma palestra sobre o tema “Pecuária de corte: quem tem passado tem futuro – Empreendedorismo, gestão e liderança”. Em sua fala, Cavalcanti fez um panorama do mercado, apresentando sete passos para empreender com sucesso na pecuária.
“Uma coisa que eu quero chamar a atenção de vocês é para o modelo de negócio da fazenda, ou seja, como essa propriedade faz dinheiro. É preciso observar quatro pilares: compra; eficiência operacional; produtividade e custo de produção; e venda”, garante. “É a combinação destes fatores que gera o lucro. Lembrando que pecuária é uma atividade complexa, multifatorial, porque tem um monte de fatores envolvidos, e uma atividade multianual, o que você faz esse ano, reflete ano que vem e no próximo ano”, explica o CEO.
Quem também marcou presença no lançamento foi a CEO da Agrifatto e colunista da Forbes, Lygia Pimentel, que falou sobre “Como a pecuária se tornou mais desafiadora”. Segundo ela, a pecuária é muito carente de insights de gestão, de definições claras de objetivos a serem alcançados. “Nós esquecemos que cada vez que a gente traz mais tecnologia para a pecuária, ela se torna mais desafiadora, mais rentável, mais eficiente e produtiva, mas se torna mais difícil de gerir”, afirma Lygia. “Pecuária, gestão e empreendedorismo não têm saída fácil, é um leão para matar por dia. A gente vive uma era mais rápida, mas um ano para uma fazenda, um ano para uma empresa, um ano não é nada, e precisamos cada vez mais tratar fazendas como empresas.”
Régis Ferreira, do grupo Rehagro, também tratou sobre o impacto da gestão na pecuária. Em sua fala, ele apresentou um pouco da metodologia Rehagro, focada em resultados. “Um dos principais pontos é pensar o ciclo pecuário em 90 dias, sempre atento ao que a fazenda precisa pagar durante esse período e o que ela tem a receber nesses três meses”, afirma. É esse planejamento que ajuda o produtor a tomar decisões e cumprir com as obrigações, evitando juros e cobranças indevidas, por exemplo.
“Após isso, é preciso pensar quais das minhas atividades geram maior lucro. Respondendo a essas perguntas, o produtor mostra o nível de profissionalismo com que ele encara a sua atividade, afinal, a pecuária não é para amadores”, garante Ferreira.
Outra presença marcante no lançamento foi João Figueiredo, analista de mercado da Datagro, que falou um pouco sobre o aplicativo Balizador GPB (Grupo Pecuária Brasil). O sistema faz o levantamento de preço da arroba do boi gordo e consolida as informações junto aos pecuaristas e junto à indústria. O evento contou ainda com a participação do pecuarista Artur Toledo, que usou o Bovitech Salga em primeira mão e trouxe a experiência de utilização do sistema. Para ele, a simplicidade e a rapidez de implementação foi o grande diferencial. “Em alguns minutos eu estava com o aplicativo funcionando, de uma forma lógica, simples, fácil, cadastrando pastos, cochos, quantidade de animais em cada pasto, cadastrando o produto que você usa, a quantidade. A partir daí, ele gera um relatório com as atividades que o funcionário vai executar.”
Como assistir ao evento
Para assistir às palestras e conferir todos os detalhes do evento de lançamento do Bovitech Salga, é só clicar no botão abaixo e preencher um formulário.
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